quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O impacto da cultura na sociedade e na economia


Na sociedade em que vivemos a cultura deveria ter um papel mais preponderante sendo que por vezes são esquecidos alguns factos como por exemplo a precedência entre o teatro e o cinema. Apesar de haver uma evolução tecnologia devemos olhar para os nossos antepassados com respeito e com o gosto de aprender a apreciar algo que outro já viveram e realizaram.

No caso de Portugal, apesar de tudo, tem havido uma grande evolução em termos culturais, sendo que quando se refere a cultura fala-se por exemplo em literatura, cinema, música, desporto e até artesanato.
Exemplo disso foi a recente homenagem feita em Penafiel a um grande escritor, Mia Couto, num fim-de-semana de “Escritaria” no qual a população se envolveu com afinco, desde os mais jovens aos mais idosos.

É mais do que obvio que a sociedade em que vivemos necessita de cada vez mais “apostas” neste âmbito pois além de toda a riqueza cultural inerente, este tipo de iniciativas tem uma relevância económica muito frutuosa. A própria alternância de momentos culturais de qualidade em diferentes locais, provoca uma grande mobilização, potenciando o consumo local e estimulando a economia. Penso que estas apostas não devem ser repentinas mas sim feitas de forma progressiva, de maneira a que pessoas de um modo geral se sintam cativadas pelas várias actividades que possam existir perto de si, em diversas àreas e diferentes domínios.
Fazendo um parênteses, facilmente podemos constatar a fraca aposta portuguesa na cultura, sendo que a expressão da mesma no produto interno bruto é de apenas 1%, bem abaixo dos 7% relativos ao PIB cultural mundial.


No que toca à Economia, fica ainda uma referência a José Jorge Letria (jornalista, poeta e escritor) que frisou que «as chamadas indústrias da Cultura» contribuem com «cerca de três vezes mais» para o Produto Interno Bruto (PIB) português do que «a chamada indústria do futebol». A Cultura não deve ser encarada «apenas como um capricho de elites, mas como um elemento estruturante de várias coisas», entre as quais a «economia, a identidade nacional e a capacidade de afirmação dos países na cena internacional», acrescentou.

André Fernandes

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