“Vocês dizem "eu amo-te, eu apoio-te" e nós precisamos de todo o apoio para tornar a Europa mais forte” Durão Barroso
Com isto, e consoante a interpretação de cada um, a ideia geral que fica é que Durão defende que os estados-membros se devem unir, por um bem geral. Pôr de parte “interesses nacionais tacanhos” e unir os 27 para que superemos estes tempos difíceis.
Com isto Durão não excluindo ninguém diz: “Grécia continuará a ser membro da zona euro” deixando avisos para a Alemanha e outros países do norte da europa, como a Finlândia. Mais ainda Durão afirma: “Um estado-membro tem, claro, o direito de não aceitar uma decisão. Isso é, como eles dizem, uma questão de soberania nacional. Mas um estado-membro não tem o direito de bloquear as decisões dos outros. Os outros também têm a sua soberania nacional, e se quiserem seguir em frente, devem seguir em frente”. Percebe-se portanto que Durão vê as atitudes dos países nórdicos como se estando a afastar dos países com mais dificuldades.
Durão Barroso vê a Europa como uma família e defende que esta se deve manter unida e manter os seus valores intactos, como o Euro, propondo que cada político de cada país faça mais para explicar aos cidadãos os benefícios deste. Defende também que o apoio prestado a cada país não se deve tratar apenas de solidariedade, mas também do interesse dos apoiantes, uma mensagem que deveriam transmitir às respectivas opiniões públicas. No entanto continuam a existir entraves à implementação de certas medidas acentuando decisões tomadas a 21 de Julho passado, sendo necessário Durão incitar os estados-membros a “honrarem as suas promessas” e a agirem sem mais demoras.
Relativamente a questões financeiras Durão afirma “Nos últimos três anos, os Estados-membros, devo dizer os contribuintes, prestaram ajudas e garantias no valor de 4,6 mil milhões de euros ao sector financeiro. É tempo de o sector financeiro dar agora uma contribuição à sociedade. É por isso que estou muito orgulhoso por anunciar que a Comissão adoptou hoje uma proposta para uma taxa sobre as transacções financeiras” a 28 de Setembro deste ano.
Seguindo a análise do líder da Comissão Europeia, a medida proposta “pode gerar uma receita de cerca de 55 mil milhões de euros por ano” justificando com outros sectores: “Se os nossos agricultores, os nossos trabalhadores, todos os sectores da economia, da indústria à agricultura aos serviços, pagam um contributo à sociedade, o sector bancário deve também dar um contributo à sociedade.”
Durão Barroso constantemente diz que, face à crise que se faz sentir na Europa: “É preciso ser honesto e absolutamente claro na análise do estado da União: estamos hoje confrontados com o maior desafio que, creio, a União conhece em toda a sua história.”
Bruno Fernandes
Sem comentários:
Enviar um comentário