No passado dia 23 de Outubro, o
NES ISEP promoveu um debate com diferentes famílias partidárias, subordinado ao
tema “O Impacto do OE2013 nos Jovens”. De facto acreditamos que o OE2013, tal como o OE2012, terá consequências
nefastas para o país em geral e em particular, no que aos jovens
diz respeito.
Desta forma, consideramos, tal
como no ano letivo transato, existir a necessidade de debater as medidas
apresentadas neste documento com membros de diferentes partidos políticos e
tentar perceber as alternativas que possam existir na esfera política. O debate
revelou-se muito interessante, com bastante adesão e sentido crítico, sendo
numerosas as intervenções do público, que se pudesse ficaria a discutir o
orçamento pela noite dentro.
De seguida, o NES ISEP apresenta
de forma sintetizada alguns dos argumentos expostos pelos oradores convidados e
ainda os vídeos da iniciativa. Contamos contigo nos próximos eventos!
João Ribeirinho
Soares
(Presidente da Distrital do Porto da JP)
- Mostra concordância com o aumento de impostos pela via do IRS mas crítica a forma como foram elaborados os escalões;
- Refere que cortar na despesa também significa austeridade pela via dos cortes nas prestações sociais, no entanto, defende os cortes na despesa;
(Presidente da Distrital do Porto da JP)
- Mostra concordância com o aumento de impostos pela via do IRS mas crítica a forma como foram elaborados os escalões;
- Refere que cortar na despesa também significa austeridade pela via dos cortes nas prestações sociais, no entanto, defende os cortes na despesa;
- Tal como Bagão Félix, considera que estamos perante um “napalm
fiscal”;
- Este orçamento é antidemocrático porque é o orçamento do
tribunal constitucional, pois alguns deputados do Partido Socialista pediram a
revisão do mesmo.
Miguel Pinto
(Membro do Secretariado da Federação Distrital do Porto do PS)
(Membro do Secretariado da Federação Distrital do Porto do PS)
- Considera que este é o orçamento mais difícil de executar
em tempos de Democracia e que houve uma mudança de discurso da parte do Governo
na medida em que voltou a desculpar-se com erros do passado;
- Refere que mais tarde ou mais cedo será necessário
reestruturar a dívida;
- Refere que o Primeiro-ministro não nos defende na União
Europeia;
- Critica os cortes nos Institutos Politécnicos referindo
que se com cortes de 3,2% o coordenador dos mesmos já dizia ser difícil
sobreviver então com cortes de 8% será quase impossível;
- Portugal perde cerca de 2,7 mil milhões de euros por ano
devido a jovens que não estudam nem trabalham e cerca de 65 000 abandonaram o
país o ano passado;
- É necessário que se aposte nos jovens qualificados para que
possamos ser mais competitivos.
Jorge Ferreira
(Presidente do Conselho Regional da JSD/Porto)
(Presidente do Conselho Regional da JSD/Porto)
- Refere que 80% da receita provém de 20% dos consumidores;
- Refere que nos últimos 10 anos nunca houve um crescimento
económico superior a 2%, a média era de 0,6% e que sempre se deveu a
investimento público elevado;
- Cita o aumento em 101 milhões de euros destinados ao
Ensino Superior e Ciência;
- Considera a fuga de cérebros prejudicial para o país;
- Defende que este orçamento não é um orçamento de
austeridade mas de correção.
Miguel Heleno
(Membro da Comissão Coordenadora Distrital do Porto do BE)
(Membro da Comissão Coordenadora Distrital do Porto do BE)
- Refere que a base deste orçamento é estúpida e que os
cortes apresentados são cegos e injustos;
- Refere que 35% da carga fiscal é sobre o trabalho e apenas
3% sobre o capital;
- Refere a existência de cortes de 5% na dotação para as
Instituições de Ensino Superior;
- Refere que um jovem que ganhasse 600€ por mês durante 12
meses descontava cerca de 300€ e que agora irá perder 600€, sendo impossível
viver com 600€ durante 11 meses e ainda assim ser feliz em Portugal;
- Apresentou algumas propostas do Bloco de Esquerda tais como a reestruturação completa do sistema fiscal, o aumento do IRC para empresas com lucros superiores a 12,5 milhões de euros, a criação de um imposto sobre as grandes fortunas, uma renegociação das PPP’s mais exigente e a renegociação dos juros da dívida.
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