sábado, 26 de novembro de 2011

Cidadania "escrutinadora"

Em Portugal e porque é o país em que eu vivo e represento, neste momento é notória uma falta de interesse da maior parte das pessoas em relação à politica. Isso vê-se principalmente através da abstenção nas eleições onde se pode traçar o futuro do país através do voto. Isto é preocupante, pois vê-se que os portugueses não acreditam na política nem nos partidos políticos, nem nos seus representantes.

Mais que nunca a nossa sociedade está descontente com o rumo que Portugal está a levar e ao facto de os nossos representantes políticos não estarem a dar garantias de um país melhor. O constante aumento dos impostos de maneira descontrolada e irrealista, a falta de emprego, os cortes nos subsídios entre outras razões têm levado o povo à rua, manifestando-se contra o governo e a falta de soluções viáveis sem causarem grandes danos na sociedade, mostrando o seu descontentamento e desacreditação nos partidos políticos e mesmo no seu próprio país. É necessário acreditar mais nos partidos políticos e nas suas potencialidades. É necessário ajudar os partidos políticos no seu trabalho!

É necessário eleger os melhores políticos para o poder. É necessário que toda a gente se envolva mais com objectivo de melhorar a situação do país para que Portugal consiga sair da crise em que se meteu. É compreensível que a grande maioria das pessoas não tenha grande tempo a perder com a política, pois têm a sua vida familiar e profissional que lhes ocupa grande parte do seu tempo ou até mesmo todo e não se pode pedir que abandonem os filhos e o emprego.

Mas existe maneira de fazer política sem gastar muito tempo e sem ter de ir as reuniões políticas, praticando a “cidadania escrutinadora“. Esta consiste sobretudo nas pessoas estarem informadas, votarem dentro dos partidos políticos para eleger os seus líderes e utilizarem “ferramentas” como o facebook ou emails ou até mesmo fazendo greves, criticando assim o que acham incorrecto e os responsáveis políticos dessa incorrecção, fazendo com que eles se apercebam do impacto social das suas acções e da necessidade de construção de alternativas. Assim, contribuem para melhores políticas, elegendo os melhores para liderar o seu partido e governar o país, com o simples facto de estar informados.

A falta de informação é notória em muita gente, e muito nos jovens, o que acaba por ser preocupante, porque a ignorância é inimiga das pessoas e não leva a lado nenhum. É essencial fazer chegar as críticas e preocupações da sociedade a quem está no poder e pode mudar o que não está correcto. Muitas discussões são feitas em casa mas não passam dali. Muitos comentam e criticam entre eles mas não expõem para fora nem sabem dar alternativas, que de facto existem.

Não podemos deixar em segundo plano a “cidadania escrutinadora”. Contudo, é essencial que os jovens se envolvam mais, pois grande parte está preocupada apenas em viver a sua vida, sem consciência do futuro que puderiam vir a ter. A falta de emprego é elevadíssima e preocupante para os jovens, sendo preciso pensar em soluções para uma nova reviravolta. Eles são a força da mudança, o sangue novo que Portugal precisa, porque quem está no poder não durará eternamente e um dia o país estará nas nossas mãos e é necessário estar à altura para quando essa situação chegar, ter-mos capacidades para levar o nosso país à melhor conjuntura de sempre.

Ricardo Pereira

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